Maguén David

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Maguén David: Estrela Macrocósmica que representa a Lei A ORDEM DE MELKI-TSEDEK A Ordem Teocrática na Terra

terça-feira, 30 de julho de 2013

Discurso de Evo Morales - A verdadeira Dívida da "Civilização"


Em reunião com chefes de Estado da Comunidade Européia, transmitida em tradução simultânea a centenas de outros países, Evo Morales inquietou a platéia com seu discurso que foi reproduzido no Geopoliticablog, em 16 de julho. O conteúdo é atemporal:


Juan Evo Morales Ayma (Orinoca, Oruro, 26 de Outubro de 1959) é o atual presidente da Bolívia.
 
Aqui eu, Evo Morales, vim encontrar aqueles que participam da reunião. Aqui eu, descendente dos que povoaram a América há quarenta mil anos, vim encontrar os que a encontraram há somente quinhentos anos. Aqui pois, nos encontramos todos. Sabemos o que somos, e é o bastante. Nunca pretendemos outra coisa.
O irmão aduaneiro europeu me pede papel escrito com visto para poder descobrir aos que me descobriram. O irmão usurário europeu me pede o pagamento de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei a vender-me.
O irmão rábula europeu me explica que toda dívida se paga com bens, ainda que seja vendendo seres humanos e países inteiros sem pedir-lhes consentimento. Eu os vou descobrindo. Também posso reclamar pagamento a e também posso reclamar juros.
Consta no Archivo de Indias, papel sobre papel, recibo sobre recibo e assinatura sobre assinatura, que somente entre os anos 1503 e 1660 chegaram a San Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.
Saque? Não acredito! Porque seria pensar que os irmãos cristãos pecaram em seu Sétimo Mandamento.
Expoliação? Guarde-me Tanatzin de que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue de seu irmão!
Genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomé de las Casas, que qualificam o encontro como de destruição das Índias, ou a radicais como Arturo Uslar Pietri, que afirma que o avanço do capitalismo e da atual civilização européia se deve à inundação de metais preciosos!
Não! Esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata devem ser considerados como o primeiro de muitos outros empréstimos amigáveis da América, destinado ao desenvolvimento da Europa. O contrário seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito não só de exigir a devolução imediata, mas também a indenização pelas destruições e prejuízos.
Não. Eu, Evo Morales, prefiro pensar na menos ofensiva destas hipóteses.
Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais que o início de um plano 'MARSHALLTESUMA', para garantir a reconstrução da bárbara Europa, arruinada por suas deploráveis guerras contra os cultos muçulmanos, criadores da álgebra, da poligamia, do banho cotidiano e outras conquistas da civilização.
Por isso, ao celebrar o Quinto Centenário do Empréstimo, poderemos perguntar-nos: os irmãos europeus fizeram uso racional, responsável ou pelo menos produtivo dos fundos tão generosamente adiantados pelo Fundo Indoamericano Internacional?
Lastimamos dizer que não. Estrategicamente, o delapidaram nas batalhas de Lepanto, em armadas invencíveis, em terceiros reichs e outras formas de extermínio mútuo, sem outro destino que terminar ocupados pelas tropas gringas da OTAN, como no Panamá, mas sem canal.
Financeiramente, tem sido incapazes, depois de uma moratória de 500 anos, tanto de cancelar o capital e seus fundos, quanto de tornarem-se independentes das rendas líquidas, das matérias primas e da energia barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo.
Este deplorável quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar e nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e os juros que, tão generosamente temos demorado todos estes séculos em cobrar.
Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos europeus as vis e sanguinárias taxas de 20 e até 30 por cento de juros, que os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo. Limitaremo-nos a exigir a devolução dos metais preciosos adiantados, mais o módico juros fixo de 10 por cento, acumulado somente durante os últimos 300 anos, com 200 anos de graça.
Sobre esta base, e aplicando a fórmula européia de juros compostos, informamos aos descobridores que nos devem, como primeiro pagamento de sua dívida, uma massa de 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, ambos valores elevados à potência de 300. Isto é, um número para cuja expressão total seriam necessários mais de 300 algarismos, e que supera amplamente o peso total do planeta Terra.
Muito pesados são esses blocos de ouro e prata. Quanto pesariam, calculados em sangue?
Alegar que a Europa, em meio milênio, não pode gerar riquezas suficientes para cancelar esse módico juro, seria tanto como admitir seu absoluto fracasso financeiro e/ou a demencial irracionalidade das bases do capitalismo. Tais questões metafísicas, desde logo, não inquietam os indo-americanos. Mas exigimos sim a assinatura de uma Carta de Intenção que discipline os povos devedores do Velho Continente, e que os obrigue a cumprir seus compromissos mediante uma privatização ou reconversão da Europa, que permita que a nos entregue inteira, como primeiro pagamento da dívida histórica.
Fonte: Geopoliticablog 
Fonte secundária:  APN - Agência Petroleira de Notícias.

 Segundo algumas fontes este teria sido o texto de um discurso feito pelo embaixador Guaicaípuro Cuatemoc, de descendência indígena, defendendo o pagamento da dívida externa do seu país, o México, embasbacou os principais chefes de Estado da Comunidade Européia. A conferência dos chefes de Estado da União Européia, Mercosul Caribe, em maio de 2002 em Madri, viveu um momento revelador e surpreendente: os chefes de Estado europeus ouviram perplexos e calados um discurso irônico, cáustico e de exatidão histórica que lhes fez Guaicaípuro Cuatemoc.

domingo, 2 de junho de 2013

Massacres e Descaso na Colombia



Grupos Indígenas da Colombia
Ana Silvia Secué, consejera auxiliar de la OPIC, el jueves en la 
manifestación pública en Popayán



Olá,

Gostaria de te falar sobre uma importante campanha para apoiar os grupos indígenas da Colômbia. Semana passada o exército abriu fogo contra grupos indígenas que estavam se manifestando pelo seu direito à terra. Tudo que eles estão pedindo é uma reunião com o Presidente, mas ao invés de se abrir para o diálogo, ele enviou o exercito que chegou com uma violência desnecessária.

Os povos indígenas são a parte mais pobre da sociedade colombiana. Eles raramente tem a chance de se expressar e são constantemente ignorados pelo governo colombiano. Se nós agirmos juntos imediatamente podermos mostrar para o Presidente Uribe que a América Latina está observando suas ações e que não permitiremos um massacre das lideranças indígenas. Essa campanha é urgente, amanhã os manifestantes estarão marchando rumo à Cali, não podemos permitir que o exército ataque o grupo.

Semana passada, movimentos indígenas se reuniram na província de Cauca na Colômbia para protestar as promessas quebradas dos acordos de terra com o governo. Sua única exigência era uma reunião com o Presidente Álvaro Uribe. Porém, ao invés de responder ao convite para a reunião, o Presidente Uribe enviou o exército e a polícia, com helicópteros e veículos armado, abrindo fogo contra os manifestantes.

A violência desnecessária do governo gerou uma revolta ainda maior das comunidades indígenas, levando a uma aderência ao protesto de grupos de outras 16 províncias do país. Para continuar a pressionar o governo, os grupos indígenas irão marchar de Cauca até Cali esta semana. Se o Uribe continuar com sua política de repressão autoritária e violenta, a marcha esta semana poderá ter um fim trágico. A comunidade internacional pode ter um fator decisivo sobre os acontecimentos, basta o Uribe saber que estamos de olho e exigimos uma resolução pacífica para a situação indígena colombiana.

Os povos indígenas da Colômbia têm todo o direito de protestar, de acordo com a OINC (Organização Indígena Nacional da Colômbia) desde que o Uribe entrou no poder 1.253 indígenas foram assassinados e 54.000 foram removidos de sua terra ancestral. O Presidente Uribe assinou um acordo para devolver as terras tomadas, mas as promessas nunca foram cumpridas. Com a valorização das terras por causa do lucro das plantações de palmito, o Uribe desistiu de comprar terras para serem transformadas em reservas indígenas.

Segundo a Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas, “Os povos indígenas tem direito à terras, territórios e recursos que eles tradicionalmente habitam” e que “Os Estados devem dar reconhecimento legal e proteção sobre estas terras, territórios e recursos naturais”. Porém o Presidente Uribe está fazendo de tudo para desdenhar os grupos indígenas. Frente aos olhos internacionais o Presidente Uribe não poderá mais se esquivar dos seus compromissos com os povos indígenas nem cometer atrocidades com seu exército. Participe desta campanha enviando uma mensagem em solidariedade aos grupos indígenas da Colômbia:

Essa luta poderia bem ser no Mato Grosso, no Pará ou em Rorâima. O continente Americano tem um triste histórico indígena permeado de injustiças, assimilação cultural, exclusão social e massacres. Adentramos ao século XXI e não podemos seguir permitindo que isso ainda aconteça. Por muito tempo a América Latina foi guiada pelos interesses da elite rural que mantém o seu poder a qualquer preço, chegou a hora de erguermos nossas vozes pelos povos indígenas e pelos seu legítimo direito à terra.

Com esperança.